-Por Enio Figueiredo-
No século
XIX, sabendo o homem que pode controlar a energia elétrica e tirar grande
proveito disto, é travada uma batalha de altíssimo nível intelectual entre
dois grandes gênios.
De um lado, Thomas Edson advogava que a energia deveria
ser distribuída em DC (corrente contínua), forma de corrente que ele próprio acabara de descobrir, e do outro lado ninguém menos que Nikola Tesla, o inventor da
AC (corrente alternada).
Aliado ao
grande empresário estadunidense George Westinghouse, Tesla vence a batalha, e
naquela época, aparentemente a guerra. A partir daquele marco, praticamente toda infraestrutura mundial de distribuição de energia elétrica foi estabelecida para
operar com AC.
Seria a reviravolta?
Agora, séculos
mais tarde, conforme informação publicada no portal inovação tecnológica, três
pesquisadores da universidade de Pittsburgh propõem uma mudança dramática do atual cenário. Entenda porque e o contexto.
A corrente
alternada é aquele que chega até a tomada de sua casa. Mas quando você liga seu
notebook, ferro de passar e praticamente todos os componente eletroeletrônicos
que você tem, a potência útil que os fazem funcionar advêm da Corrente
contínua. É obvio que para tal sempre existe um aparelho que faz a transformação
das correntes.
Outro fator
que precisamos considerar, é a transmissão a longas distâncias. Do ponto de onde
a energia é gerada até sua residência são quilômetros e mais quilômetros de
distância. Para que a corrente chegue até você, com a potência requerida, é
necessário que na sua origem os valores de tensão sejam elevados, para que ao
logo do percurso possa ser usado cabos com bitolas menores sem que eles
superaqueçam. Entendemos isto sabendo que P = V x I (Potência é igual ao produto
de tensão pela corrente).
De forma que, consegue-se reduzir a bitola do cabo por se ter uma corrente baixa (aquece menos o cabo), aumentando a tensão, sem que se perca potência. Esta regra vale para as duas correntes, a grande diferença está na
quantidade dos cabos, elemento de maior impacto no custo das redes de
distribuição. Na AC usa-se 3 cabos enquanto na DC apenas 2.
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Rede de transmissão por Davi Sommerfeld |
Apelo social
Nas pilhas
e baterias, mais uma vez, encontramos a DC. Já que a maior parte do nosso consumo
efetivo é DC, redes alternativas como
eólica e solar poderiam ser usadas para carregar baterias para que
pudessem ser utilizadas no abastecimento de comunidades carentes.
Sem falar que motores alimentados com DC são mais eficientes e que esta forma
de corrente é considerada verde.
Impecílios
A grande
dificuldade com a Corrente contínua é promover a queda de tensão nas subestações. Quanto a AC, isto é feito com transformadores simples e
baratos, sendo para a contínua o oposto. Lembrando também que os geradores nas
usinas são de corrente alternada.
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Transformador de 400 KV para 275 KV Por Victoria Catterson |
Considerações finais
Testes nos
EUA e Índia com micro redes de distribuição de corrente contínua foram
iniciados. Estaríamos no ponto de flexão da grande virada de Edson sobre Tesla? Concluímos com a frase de Reed, um dos pesquisadores mencionados no início.
"Nós não estamos necessariamente dizendo que Edson estava certo. Ele não estava no seu tempo. Mas ele estaria hoje,"
Foto da capa por
Net_efect
Uma duvida como era o planeta a 10.000 anos atras ?
ResponderEliminarBoa tarde!
EliminarDesculpe, mas não estou conseguindo entender a relação da sua pergunta com o artigo. Poderia explicar, antes que eu me aventurasse a tentar responder? Agora fiquei curioso. Obrigado por participar.
Eu cheguei Nesse artigo porque estou querendo saber como funcionavam os motores de corrente contínua de Edison, se são diferentes dos motores DC atuais. Ao meu ver na prática não existem motores eficientes realmente de corrente contínua. Os mais simples são os chamados motores de escova que são dois eletrodos de grafite que fornecen a eletricidade ao coletor da parte giratória do motor que é composto de diversas chapas metálicas, sendo que cada par fornece energia a um enrolamento diferente conforme o motor vai girando. Isso nada mais é do que criar uma maneira de criar uma espécie de corrente alternada para fornecer a esses enrolamentos. Já motores de corrente contínua mais modernos como os usados nas ventoinhas dos computadores tem um chip interno que também vai alternando a ligação das bobinas portanto enviando para elas corrente alternada. Nos geradores rotativos a mesma coisa, os de corrente contínua utilizam as mesmas chapinhas e escovas para fornecer uma corrente continua bastante suja, é o caso dos dínamos que eram usados nos motores de fusca para carregar a bateria. Hoje todos os carros usam o alternador que como o nome já diz gera corrente alternada e utiliza diodos para transformá-la em Corrente contínua também bastante suja. Corrente contínua pura só é obtida de geradores não rotativos como baterias, pilhas e células solares.
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